coração que ganhei na Noite dos Museus quando fui cantar Lua em Gêmeos no meio do público e encontrei o Klamt...
mesmo que tenha pensado em terminar, a gente nunca chegou a pensar em recusar convites pra eventos fodas. mas era aquilo, uma junção pra um momento específico. foi indo assim, meio indo meio parando por um tempo
lembro que o show na Noite dos Museus em Porto Alegre desse ano foi muito foda. nossa galera mais lok chegou, os pós punk, os frito, alguns indies. deu toda uma nova vibe... tinha uma vez que a gente tava fazendo show, tinha uma galera boa, mas aí o cara ia ver e quase não conhecia ninguém... por um lado amava que tinha novas galeras chegando, pessoas que chegavam através do nosso som ou por caminhos imprevisíveis, mas não entendia bem como que as amizades tavam sumidas....
de repente era pq a gente vinha inventando muita viagem, fazendo sonoridades que nos tiravam do nosso território mais habitual... provavelmente isso tb forçava nossa galera a se deslocar tb. por um lado (((((artístico e existencial))))) isso é uma saúde, é fazer com que quem entre em contato com esses sons tenha uma oportunidade de se renovar... mas por outro, isso negava algumas conexões verdadeiras, profundas e de longa data...
percebendo isso, a gente foi voltando pro indie.
pelos nossos
pela nossa história
pela nossa trajetória
e tb pra fazer alguma estética mais robusta, que a gente já sabe os caminhos, os tetos, as brisas, as passagens...
se pá, isso foi só uma despretensão que voltou tb.
a gente não se sente muito na onda de fazer um som que mude tudo, que nos leve pra um outro modo de ver o mundo
só tamo querendo fazer os shows que a gente queria ver
com guitarra
com pique
meio sequela
de risadera se quiser, de terrorismo se quiser
enfim...
a volta das abordagens indies
e a volta das amizades nos shows
fez com que a gente fosse se entendendo de novo...
e ao invés de terminar, a gente foi voltando aos poucos